*Ó Plágio... plageado...
Lá vem a nau catrinheta
navegando em estilo...
traz velas arregaçadas,
um mastro balanceador,
nas barricas o estrilho...
p'lo convés ninfas estiradas,
tágides minhas de Camões
pronúncio de bonança
na dobra de boa esperança...
Por ali, na terra à vista,
feliz segue para a fonte,
Leonora tamanha verdura,
enlevada de tal encanto
cruza-se sem nada ver
além, ao longe no horizonte...
o Adãomastor, que gigante,
naufragou ali na planura
rogando ser seu amante...
Eis que nos verdes campos,
ali o fogo arde sem se ver...
é o amor daqueles amadores
de alma minha parte corações
da Dinamite da Barbarea escrava
como gentil senhora de Camões
nesse mudam-se os tempos
mudam-se algumas vontades
d'erros seus em ardentes amores
num desconcerto curtido à brava...
Lembranças de bem passado...
o fogo que branda verdura ardia,
mais prometia a força humana
naquele tal conto... o primeiro,
onde o mancebo Luce Vaze caía
nas armas dos ditos assinalados
de barões que eram resignados
passados além da Paparobana
por mares nunca dantes navegados...
E nessa tal de nau catrinheta
cantando lá seguia e prometia
chegar à sua praia lusitana
para tornar livre e soberana
a pura Leonora em atrevimento
numa gentil senhora sedutora...
quando de mágoas se comprimia
espalhando ali por toda a parte
tanto amor com engenho e arte...
_____________
Assim, se cantam amores
belas e boas recordações
dum tempo de estudante
quando, freneticamente,
se sentiam as emoções
num tempo de adolescente
in "Os Lusíadas" de Camões...
de:aileda/adeliavaz
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