quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

causinhas minhas... POESIA

 (imagem da NET)
 
*VONTADE...


Vontade sempre me faz pensar:
Tenho fome ou vontade de comer?
Sentindo vontade ou não
algo me disse: fica à vontade
Procuro a minha vontade...
Vontade doce: um poema escrever
como sentir vontade de vencer
E nesta hora a falar mais alto
a vontade de viver no dizer:
Deu-me a vontade de ter vontade...

Nesta vontade de uma coisa doce
vontade da mente é semente
abre-se a inteligência... à vontade
como um poder de transformação
qual florzinha delicada a crescer
nessa força de vontade de sair
de terra seca, aninhada em semente...

Independente da nossa vontade
nascemos ... vontade sem hora
anuncia nosso dia de estar cá fora!
O sol que o nosso corpo aquece
elevado grau de força de vontade
alimentador... é a nossa vida
vontade de fazer ou ter alguma coisa

Mesmo quando tudo tão vazio parece,
sem vontade de pedir ou dar carinho
há uma força de vontade inabalável
na vontade de alguns, que não fenece...
Há vontade de desistir, em tanta gente
é preciso vontade p'ra olhar em frente
dar a volta, nunca desitir... é urgente!

Doce vontade... Vontade de ti...
Senta-te e sente-te à vontade!
Deu uma vontade de te ter aqui...
Vontade de sentir um abracinho
mais louca vontade de estar...
com verdade ou mentira, sem medo,
vontade de ser feliz... meu segredo!


 
 
 
de:aileda/adeliavaz
 
 
 

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

causinhas minhas...POESIA

Aproximam-se as FESTAS... já é Dezembro...
(amigas leitoras... especial p vós)



*Os Vestidos Pretos
 

"Nada como um vestido preto"
elegante e requintado
na cor mais descreta
linhas direitas

corpos colados
cinturas estreitas
ancas retocadas
decotes subidos
ou peitos desnudados
costas nuas
ou fecho corrido
preto este vestido
dá um ar recatado
simples ou afamadas
mulheres em toque de fadas
onde passam são admiradas

Que jeito dá um vestido preto!

Vai ao casamento da afilhada
está no banquete da empresa
vai à festa da amiga jubilada
está no rendez-vous da nobreza
e na ópera é o mais trivial
sempre de vestido preto
há condolências em funeral...

Dizem que faz toilette

com vestido preto usar
gargantilha de brilhantes
rosa vermelha ao peito
ou pérolas dum colar
até uma echarpe lamé
ou um cinturão enlaçado...
tornam as senhoras elegantes

É notório que um vestido preto

torna a dama mais coquete
fica pronta p'ra arrasar
faz inveja às semelhantes
algumas com menos jeito
outras que odeiam preto...
Talhado bem ao nosso jeito
com uma tal classe usado
faz aquele tamanho efeito
dum modelito recém comprado...

"Nada como um vestido preto!"



 
 
de:aileda/adeliavaz
 
 
 

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

causinhas minhas por AKI... Poesia



Para todos/as meus Leitores fiéis...

 

*Palavras que sinto… sentindo sem palavras

Há palavras que sinto
Gritos de alma

Palavras com magia
com encanto
Sentindo sem palavras
Impacto de emoções...
Jogo de palavras
com e sem melancolia
a filtrar sensações
com e sem saudade...

Há palavras que sinto

Compreensão e bondade
saber perdoar
ser tolerante
Palavras sem vazio...
Sentindo sem palavras
coisas deliciosas
dos outros e de mim
coisas frágeis
descontentamento
incómodo que dói...
sair de cena
desaparecer sem dizer
viajar no infinito...

Há palavras que sinto

O maravilhoso
simples e belo
acessível no momento
fazendo com que tudo aconteça...
fácil na hora
no tempo de ficar
ou ir embora...
Sentindo sem palavras
vontade de chorar
desejar abraços...
aos meus lugares voltar
querer manter os laços
ficar perto de mim
manter a promessa...
O infinito não acaba
é nunca… ou sempre...

Há palavras que sinto

Sentindo sem palavras…


 
..."Há três coisas que nunca voltam atrás, a água que corre na ribeira, a flecha lançada e a palavra pronunciada!" (provérbio chinês)

de:aileda/adeliavaz

causinhs minhas... Poesia

 (imagem da NET)

*Mas que coisa!!!

 
Passar o dia a correr...
sem andar a andar
andar mesmo parada
ver tudo ao pormenor

sem afinal ver nada
para trás e para a frente
vai aqui... vai ali
sem entender que sou gente
dou comigo a sentir...
Tenho um corpo estafado
uns olhos já com lunetas
uma coração aconchegado
mas estou cansada das pernetas
Penso e penso... em tudo
resolvo... não resolvo
afinal se não me cuido
desta é que me envolvo
envolvo-me na tal canseira
dizem que é da idade
mas se sou menina inteira
como posso ser D. Piedade?
Ficava-me bem melhor
um daqueles apelidos
coisa de santa ou consoladora
que de boca cheia até fala
mastigando uns pevides...
Que figura me estou a dar!
Nada dissso sou uma Senhora
Olhem bem que nada me rala...
Sou uma rapariga que sabe estar
caladinha sem falar de ninguém
E se fosse Caridade... isso sim
seria um bom arquétipo
Sair sempre à rua direitinha
lencinho de seda ao pescoço
casaquinho com arminho
e... não mastigar tremoço...
Mas eu sou doutra esfera
gosto de tudo o que é prático
salto alto é mais rápido
casacão para cobrir a frieza
mala posta ao ombro
com tudo o que ali precisa
uma dama que vende riqueza
Acreditem... ricos são os amigos
aqueles que sem castigos
gostam de prosear comigo..
Levam sempre um presentinho
uma bolsinha de carinho
um beijinho doce de mel
Sou deles... a amiga mais fiel !


 
de:aileda/adeliavaz
(num dia como outro)



domingo, 2 de dezembro de 2012

Memórias de memória... Poesia

 FOTO da NET: "Chuva no deserto"

*A FESTA da CHUVA

Lá no meu deserto
onde a areia se escorre
com as levadas duma garroa
o tempo é quente

húmido de neblinas
abençoados cacimbos
deixando da noite p'ro dia
umas gotinhas pingos
naquela vegetação rasteira
E... no areal de fina areia
quando vento vem soprar
há uma chuva d'areia
que circula pelo ar
não pinga... voa...voa
e cai... cai de fininho
como chuvinha a picar...

Então chega um ano

em que o céu vira engano
uma cor vinho tinto
entremeada de azul indigo
lá se pinta de repente...
É a festa da mulecagem
na escola tudo à janela
Lá vem chuva... lá vem ela...
Até a professora espreita
olhando o céu que já pinga
à ordem de saída
p'ra rua uma corrida
braços abertos ao céu
a chuva cai mais grossa
maior é o escarcéu...
No chão já faz poça
as batas branquinhas
ao corpo coladinhas
É a chuva que chegou
festa de chuva molhada
até há quem nunca a provou
dada a idade menos avançada...

Mais parecem uns garajaus

gaivinas ou outra pernalta
depois dum belo mergulho
água de mar ali não falta...
Há gritinhos de guerra
alarido de satisfação
Há chuva na nossa terra
cai... pinga... molha
mas não tem maldição
molha que molha... molha
cai chuva no nosso coração...

Recordação de um tempo

onde a vida era criança
até chuva temporária
ocasional... era esperança
Parece estória lendária
p'ra quem nunca viveu
uma festa como esta...
Na FESTA da CHUVA
tanto me diverti EU!



de:aileda/adeliavaz
(in "memórias de memória de aileda")