quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

causinhas minhas... POESIA

 (imagem da NET)
 
*VONTADE...


Vontade sempre me faz pensar:
Tenho fome ou vontade de comer?
Sentindo vontade ou não
algo me disse: fica à vontade
Procuro a minha vontade...
Vontade doce: um poema escrever
como sentir vontade de vencer
E nesta hora a falar mais alto
a vontade de viver no dizer:
Deu-me a vontade de ter vontade...

Nesta vontade de uma coisa doce
vontade da mente é semente
abre-se a inteligência... à vontade
como um poder de transformação
qual florzinha delicada a crescer
nessa força de vontade de sair
de terra seca, aninhada em semente...

Independente da nossa vontade
nascemos ... vontade sem hora
anuncia nosso dia de estar cá fora!
O sol que o nosso corpo aquece
elevado grau de força de vontade
alimentador... é a nossa vida
vontade de fazer ou ter alguma coisa

Mesmo quando tudo tão vazio parece,
sem vontade de pedir ou dar carinho
há uma força de vontade inabalável
na vontade de alguns, que não fenece...
Há vontade de desistir, em tanta gente
é preciso vontade p'ra olhar em frente
dar a volta, nunca desitir... é urgente!

Doce vontade... Vontade de ti...
Senta-te e sente-te à vontade!
Deu uma vontade de te ter aqui...
Vontade de sentir um abracinho
mais louca vontade de estar...
com verdade ou mentira, sem medo,
vontade de ser feliz... meu segredo!


 
 
 
de:aileda/adeliavaz
 
 
 

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

causinhas minhas...POESIA

Aproximam-se as FESTAS... já é Dezembro...
(amigas leitoras... especial p vós)



*Os Vestidos Pretos
 

"Nada como um vestido preto"
elegante e requintado
na cor mais descreta
linhas direitas

corpos colados
cinturas estreitas
ancas retocadas
decotes subidos
ou peitos desnudados
costas nuas
ou fecho corrido
preto este vestido
dá um ar recatado
simples ou afamadas
mulheres em toque de fadas
onde passam são admiradas

Que jeito dá um vestido preto!

Vai ao casamento da afilhada
está no banquete da empresa
vai à festa da amiga jubilada
está no rendez-vous da nobreza
e na ópera é o mais trivial
sempre de vestido preto
há condolências em funeral...

Dizem que faz toilette

com vestido preto usar
gargantilha de brilhantes
rosa vermelha ao peito
ou pérolas dum colar
até uma echarpe lamé
ou um cinturão enlaçado...
tornam as senhoras elegantes

É notório que um vestido preto

torna a dama mais coquete
fica pronta p'ra arrasar
faz inveja às semelhantes
algumas com menos jeito
outras que odeiam preto...
Talhado bem ao nosso jeito
com uma tal classe usado
faz aquele tamanho efeito
dum modelito recém comprado...

"Nada como um vestido preto!"



 
 
de:aileda/adeliavaz
 
 
 

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

causinhas minhas por AKI... Poesia



Para todos/as meus Leitores fiéis...

 

*Palavras que sinto… sentindo sem palavras

Há palavras que sinto
Gritos de alma

Palavras com magia
com encanto
Sentindo sem palavras
Impacto de emoções...
Jogo de palavras
com e sem melancolia
a filtrar sensações
com e sem saudade...

Há palavras que sinto

Compreensão e bondade
saber perdoar
ser tolerante
Palavras sem vazio...
Sentindo sem palavras
coisas deliciosas
dos outros e de mim
coisas frágeis
descontentamento
incómodo que dói...
sair de cena
desaparecer sem dizer
viajar no infinito...

Há palavras que sinto

O maravilhoso
simples e belo
acessível no momento
fazendo com que tudo aconteça...
fácil na hora
no tempo de ficar
ou ir embora...
Sentindo sem palavras
vontade de chorar
desejar abraços...
aos meus lugares voltar
querer manter os laços
ficar perto de mim
manter a promessa...
O infinito não acaba
é nunca… ou sempre...

Há palavras que sinto

Sentindo sem palavras…


 
..."Há três coisas que nunca voltam atrás, a água que corre na ribeira, a flecha lançada e a palavra pronunciada!" (provérbio chinês)

de:aileda/adeliavaz

causinhs minhas... Poesia

 (imagem da NET)

*Mas que coisa!!!

 
Passar o dia a correr...
sem andar a andar
andar mesmo parada
ver tudo ao pormenor

sem afinal ver nada
para trás e para a frente
vai aqui... vai ali
sem entender que sou gente
dou comigo a sentir...
Tenho um corpo estafado
uns olhos já com lunetas
uma coração aconchegado
mas estou cansada das pernetas
Penso e penso... em tudo
resolvo... não resolvo
afinal se não me cuido
desta é que me envolvo
envolvo-me na tal canseira
dizem que é da idade
mas se sou menina inteira
como posso ser D. Piedade?
Ficava-me bem melhor
um daqueles apelidos
coisa de santa ou consoladora
que de boca cheia até fala
mastigando uns pevides...
Que figura me estou a dar!
Nada dissso sou uma Senhora
Olhem bem que nada me rala...
Sou uma rapariga que sabe estar
caladinha sem falar de ninguém
E se fosse Caridade... isso sim
seria um bom arquétipo
Sair sempre à rua direitinha
lencinho de seda ao pescoço
casaquinho com arminho
e... não mastigar tremoço...
Mas eu sou doutra esfera
gosto de tudo o que é prático
salto alto é mais rápido
casacão para cobrir a frieza
mala posta ao ombro
com tudo o que ali precisa
uma dama que vende riqueza
Acreditem... ricos são os amigos
aqueles que sem castigos
gostam de prosear comigo..
Levam sempre um presentinho
uma bolsinha de carinho
um beijinho doce de mel
Sou deles... a amiga mais fiel !


 
de:aileda/adeliavaz
(num dia como outro)



domingo, 2 de dezembro de 2012

Memórias de memória... Poesia

 FOTO da NET: "Chuva no deserto"

*A FESTA da CHUVA

Lá no meu deserto
onde a areia se escorre
com as levadas duma garroa
o tempo é quente

húmido de neblinas
abençoados cacimbos
deixando da noite p'ro dia
umas gotinhas pingos
naquela vegetação rasteira
E... no areal de fina areia
quando vento vem soprar
há uma chuva d'areia
que circula pelo ar
não pinga... voa...voa
e cai... cai de fininho
como chuvinha a picar...

Então chega um ano

em que o céu vira engano
uma cor vinho tinto
entremeada de azul indigo
lá se pinta de repente...
É a festa da mulecagem
na escola tudo à janela
Lá vem chuva... lá vem ela...
Até a professora espreita
olhando o céu que já pinga
à ordem de saída
p'ra rua uma corrida
braços abertos ao céu
a chuva cai mais grossa
maior é o escarcéu...
No chão já faz poça
as batas branquinhas
ao corpo coladinhas
É a chuva que chegou
festa de chuva molhada
até há quem nunca a provou
dada a idade menos avançada...

Mais parecem uns garajaus

gaivinas ou outra pernalta
depois dum belo mergulho
água de mar ali não falta...
Há gritinhos de guerra
alarido de satisfação
Há chuva na nossa terra
cai... pinga... molha
mas não tem maldição
molha que molha... molha
cai chuva no nosso coração...

Recordação de um tempo

onde a vida era criança
até chuva temporária
ocasional... era esperança
Parece estória lendária
p'ra quem nunca viveu
uma festa como esta...
Na FESTA da CHUVA
tanto me diverti EU!



de:aileda/adeliavaz
(in "memórias de memória de aileda")


sábado, 24 de novembro de 2012

Causinhas minhas... POESIA

 (imagem da NET)



*Havia sol?
 

Hoje o dia acordou sombrio
havia sol
mas não para mim
o azul do céu

via-o cinzento
as árvores sem copas
entrelaçavam os ramos
num frenesim
esqueci-me de mim
Era dia de quê
de fazer o quê
para que nascia o dia?
Perguntas e mais perguntas
sem respostas
Onde estou eu?
Presa, guilhotinada
esquecida do meu eu
será que por aqui não sou nada?
Ouço... não perco os sentidos
há mãos que se estendem
para ajudar-me...será?
Não sei o que quero
Sei que o que não quero...
ficar perdida...não!


 
de:aileda/adeliavaz
 
 

Causinhas minhas... POesia

 (imagem da NET)


*Poema para Ti...

Nada de poemas de amores
ou de desamores
Nada de coisas sentidas

em emoções carnais
Nada de flechas cupidas
assumidas de joviais
Nada como um poema
poema casual e surgido
apelando ao ser banal
Nada como acasalar
momentos reais
sentimentos objectivos
Nada como ser poema
na palavra simplesinha
naquela lufada de ar
d'alguém modesto demais
Nada como descomplicar
o poema que te quero dar
cumplicidade, sem complexo
Poema de mim... meu reflexo!
 


de:aileda/adeliavaz
 
 
 

terça-feira, 20 de novembro de 2012

MInha Poesia na RDPInternacional

[Para ouvir, clica abaixo]

Sem palavras... 
Adélia Vaz presenteada pela sua Poetisa "Azulinha" , a amiga Isabel Branco, no seu Programa "Dizer Poesia" na RDP Internacional (nova emissão hoje, dia 20Nov às 22:30).


Obrigada, minha amiga linda!!! Isabel Branco 





Causinhas minhas... POESIA




 (imagem da NET)


 *Se algum dia...
 

Se algum dia
eu não estiver
estou... podes crer
mesmo que não haja presença

comigo não há indiferença
Se eu não estiver
estou... porque sei
do teu carinho por mim
do quanto me procuras
sei... que não terei fim...
Não te magoes se eu não estiver
estou... a teu lado a te proteger
na minha vida não há longe
o meu perto é o que conheces
caminho sem me ver
estou contigo como mereces
isso é o mais certo...
estarei como agora...
sempre por perto...

...algum dia...


 
 de:aileda/adeliavaz
 
 
 
 

Causinhas minhas... Poesia

























(Imagem da NET)

*Nem com tudo se brinca...

Há coisas p'ra brincar
brinquedos
simples invenções

outras preciosas
brinquedos
apenas bonitinhos
a fazer delícias
nos brincadores
a causar distracção
no menino
na menina
e até no grandalhão

Nem com tudo se brinca

brincar
faz parte da vida
para brincar há razão
Criança brinca
com emoção
Homens e mulheres
são brincadores
encantadores
por vezes se julgam ursinhos
encantados
com seus joguinhos
brincam
ao faz de conta
na secção de brinquedos da vida
brincam
com coisas sérias
Como brincar com amor....

Nem com tudo se brinca...

o amor é um menino grande
vive brincando no coração
de homem e mulher
brinquedo
encantador, amado
agradável, generoso...
quando desamparado
consequências e razões
levam a causas
desmancham, como crianças
o brinquedo que os entretém
e será pelo prazer
de saber o que está lá dentro?

Há coisas p'ra brincar

brinquedos
em doses de positivismo
protectores
interiormente fortificadores
nem com tudo se brinca...
com o amor
essa espécie de brinquedo
que até a ciência dá atenção
brinquedo por excelência
apesar de tradicional
à matemática dá experiência
torna-se dilema especial
juntos em um mais um:
dois.... já não são!

[Nem com tudo se brinca...

brinquedos
existem...para todas as idades ]


de:aileda/adeliavaz
 
 
 
 

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Escrever ... Poesia

 
 (imagem da NET)
 
*Escrevendo alguma coisa...


Eu gostava de escrever
caricaturar alguma coisa
ou talvez alguém...
nem sei por onde começar
mas vou tentar...

Olho vivo e língua comprida

nariz fanhoso, com verrugas
braços magros e pelosos
pele crestada do estio
magreza esquelética e rugas
barriga opada e distendida
por mais que minta
esta figura vive faminta
passa noites ao relento
não há dia sem frio
vive no mundo dos ociosos?

Pergunta tem resposta.

Vive na rua da miséria
à noite na rua do luar
festeja muitos eventos
greves, manifestrações...
tem mesa posta de iguarias
dos contentores ali da esquina
veste-se das lojas da lixeira
fatos de restos rasgados
usa sapatos de pé nu
quando por ali é vista
sempre aparece em revista
na solidariesdade cor de rosa
a que aponta uma artista
como fada boa e caridosa...

Mas seu corpo vendido

por carne da mais fraca
já não sente nem respira
exala odor de morte
cheiro da má sorte
mas seu sentido perdido
na espera do final
pede a Ele que parta
para o Seu reino celestial!

Se na terra não ganhou

com o Senhor festejou
Amor, Paz ... espiritual
O que já não está mais
neste mundo tão real...

Porque falar de tanto Amor?

Assinalar Paz... e mais Paz
Quando tão pouco ou nada se faz?



de:aileda/adeliavaz
 
 
 
 

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Causinhas minhas... POESIA

 
(imagem da NET)
 *Despertar...


Naquele acordar me desperto
o dia a amanhecer
o céu azul está escarlate
é o Sol a nascer
raios de luz no espectro
meu corpo inerte
como que a crescer
move-se lentamente
meus olhos semi-abertos
encandeiam-se nesse quilate
no despertar da consciência
a despertar o despertador
despertando a consciencializar
desperto conscientemente
a dar ao sono nova morada
para não me atrapalhar
mesmo que queira fingir
que continuo a dormir
comecei mesmo a despertar...

Despertar meus sentimentos

meus interesses motivar
meu autoconhecimento avivar
reverência na minha experiência
sem pressa sou a viajante
a perceber as delícias
deste meu invulgar despertar
ser a indiscutível amante
na cumplicidade em conquistar
ao ponto de sentir tuas carícias!


 
 
de:aileda/adelivaz
 
 
 

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Há sempreum Tempo... Poesia

 (imagem da NET)

*Cansei..

Cansei de andar por aqui
cansei de procurar amigos
cansei de ler artigos

cansei de ler poesia
cansei de interpretar imagens
cansei de ver paisagens
cansei de rir e chorar
cansei de clicar e clicar
cansei de rato na mão
cansei de matar a solidão
cansei e cansei de abrir
páginas em profile
postar corações e smile
cansei porque cansei
de saber o que não sei
neste triste navegar

navegar sem leme
nem barco a motor
navegar sempre à vela
navegar à deriva
navegar nesta aguarela
que me mantém viva

cansei... é isso..
cansei porque sei
porque nada sei
cansei do vício
mero desperdício!


de:aileda/adeliavaz

sábado, 27 de outubro de 2012

couisinhas minhas... Poesia

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Coisinhas minhas... Poesia




*Página vazia
 

Esgotei os temas
Já não sei fazer poemas
Leio poemas de amor
Recadinhos em retalhos

Retenho mensagens de dor
Desafios em dilemas
Passam paletes de sofrimento
Há poesia de desalento
Recordações de valor
Coisas de trabalhos
Pedidos de atenção
Já nem sei para que são
Pergunto ao meu presente
Se me tirou o pensamento
Se me quer sem coração
Pois caminho por atalhos
Que trocam alhos por bocalhos
Não, não estou doente
Só não tenho inspiração!

 
 
 
de: aileda/adelivaz
(ao tempo 01:58 em 20.10.2012)
 
 
 
 
 

Causinhas minhas... Poesia

(imagem da NET)


*Rainha da Paciência
 

Sempre ouço dizer
Foste fadada à nascença
Nasceste para brilhar
Tens mais é que saber

Com o que queres lidar
Como tantas outras rosas
Teu cheiro exalará perfume
Desfolhada pétala a pétala
Espalharás tua presença
Terás luz de vagalume
Qual pirilampo iluminado
Marcarás a diferença
Nalguma esfera acéfala
Onde paira o amor-ciúme
Viverás então o teu fado
Teu destino está traçado
Nas encruzilhadas da vida
Teu caminho escolherás
Uns gostam outros não
Não te importará o que são
Haverá quem te embarace
Alguém te troque o passo
Mas mesmo assim serás
A que fadada à nascença
Viverá naquele compasso
Dessa bela e doce sinfonia
Que dos poetas é a magia
Saberás dançar a dança
Da tua vida em esperança
Teu coração guardará
Bom e mau que a vida te dá
Sem qualquer indiferença
Cuidadora no teu dia a dia
Serás rainha da paciência!


de:aileda/adeliavaz


domingo, 21 de outubro de 2012

Cisinhas Minhas... em POESIA...

 (imagem da NET)
 
*Um Dia na Internet

Aí vai a minha Publicação
deixo um Xis Pê Tê Ò
Assinalo um GOSTO
a mostrar que estou a ler
esse teu novo POST
Deixo a Mensagem
com o meu parecer
na tua Página Perfil
Adiciono agora a FOto
uma sugestiva imagem
com esta já são mais de mil
No email @rroba ponto. com
escrevo o que te desejo
saúde, €uros, muito amor
termino com um beijo
Abro o link mais publicado
https e fico já ao corrente
daquilo que em www
acontece no momento
No Facebook adiciono Amigo
que me estão a sugerir
ou por mim encontrado
Amizades é mesmo comigo
faço aquele tal click
logo a seguir vou curtir
Actividade mais recente
entrar e comentar
Benvindo ao meu clube
que já está a abarrotar
O meu BLOG actualizo
como uma nova mensagem
No ailedaaki eu me realizo
no meu tempo sigo viagem
Meu Blospot é uma casinha
sem porta e com janelas
ali muito bem arrumadinha
Há poesia e alegria
dum tempo com tempo
dum passado presente
vividos de coisas belas
Agora para terminar
um joguinho vou jogar
Sei que há quem goste
outros dizem que não
Cada um na Internet
escolhe sem pagar o frete
um tópico ou uma canção
A visita ao Youtube
é grande ocupação
há música para ouvir
notícias para dar
publicidade e eventos
tudo para se actualizar
A cultura pois então
pode ser consultada
Nos Sites especializados
aprender não custa nada
Dia e noite na NET
muitos parabéns desejar
há Gifs animados
Copy ao vasculhar
A Internet tão falada
passou a ser um pet
por tudo e por nada
Vai... procura na Net!!!

Benvindo/a à minha Página

Tu que visonas meu perfil
Deixa-me um dos teus likes
Se Gosto... É do baril!!!


de: aileda/adeliavaz

sábado, 20 de outubro de 2012

Poesia do meu EU...

 (Imagem da NET)
 
 
*Não é difícil perceber...

Quando estou
Estou online
Quando não estou
Online estou
Isto para dizer
Se de mim quer saber
Comentário pode deixar
Publicação pode animar
Um tempo de melancolia
Que me morde dia a dia
Nada na vida é perfeito
Mesmo com este meu jeito
Sou eu quem procura
Desatar esta tortura
Quando a dona solidão
Asfixia meu coração
Tenho um passado
Vivo um presente
Não esqueço meus deveres
Só não tenho mais poderes
Não posso viabilizar
Aquilo que penso estar
Fora do meu controlo
Sou assim neste meu rolo
Quero voltar à vida
Estar mais prevenida
Matar este tempo meu
De rotina inexplicável
Que o mau tempo
Neste agora me deu
Sem me perguntar nada
Pois estou sempre contactável
Em qualquer momento
Estou aí nessa jogada
Sou peça deste xadrez
Sou presa do meu tempo
Quero-me EU... desta vez!



de:aileda/adeliavaz
(neste momento do meu tempo: 20:44 em 20.10.2012)

domingo, 14 de outubro de 2012

Causinhas minhas... Poesia

Hoje, acordei a pensar...
numa *vitrine... senti estar...





                                                                 (imagem da NET)
 

*Olha aí...

Olha aí... na vitrine
o mundo escancarado
ouro, prata e afins
aconchegadinhos
lado a lado...

Manequins sem sexo
alguns de mala na mão
calças rasgadas
blusas manchadas
sapatos de papelão...

"Merchandizing"... na vitrine
de sonhos e ambição
(des)elegância e assombro
em dicas de promoção
de marcas esfarrapadas...

Olha aí... na vitrine
valores que o não são
tudo a cor de rosa
sem vs com imaginação
de tal conto de fadas...

Produtos de direito
mui reservados
em caixas bem seladas
referência falaciosa
em vitrine apregoados...

"Home design" em vitrine
montra de palhaçadas
colagens sem destino
a publicidade teimosa
dum mundo que te anime!!!

Olha aí... a vitrine
de novos mundos
impensados
descompensados
aparência que os define...


 
 
 
 
de:aileda/adeliavaz
 
 
 
 
 (imagem da NET)


*Moda

Da etimologia da palavra
Moda tem significado
maneira de viver

estar na moda
estar em voga
estilo que se renova
sempre muito imitado
no vestir ou no falar
e mesmo no cantar
até ao passar de moda
é costume, uso geral
de capricho dependente
fantasia, gosto especial

Na estatística é palavra
Moda
é valor modal
argumento central
de frequência máxima
como bife à moda
prato bem preparado
em menú de restaurante
à moda do chefe
um bacalhau assado
ou cantiga, ária, modinha
ouvida por todo o lado
em imitação constante...

Sendo a moda a imitação
pretende dar nas vistas
resulta automaticamente
como moda de artistas
ídolos de mocidades
tem ordinariamente
consistência, duração
ruinosa em vaidades
(des)cobre as qualidades
usando valores é essência
de grifes e etiquetas
na minha moda são tretas
Não me móiem a paciência...

E... como de moda sou amiga
bate o meu coração... à moda antiga!!!


 
 
                                                                           de:aileda/adeliavaz
 
 
 
 
 
 

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Há sempre um Tempo...

  Admário Costa Lindo
 ( Autor de “Euracini, de pátrias e maresias” Livro de Poesia)

Na memória procura-se a metáfora

 

 

“Euracini, de pátrias e maresias” é o novo Livro de Poesia de Admário Costa Lindo, q já foi distinguido com uma Menção Honrosa do Prémio Literário “Correntes d’Escritas/ Fundação Dr. Luis Rainha 2011/2012”.
A matéria-prima do poeta é a palavra e, assim como o escultor extrai a forma de um bloco, o escritor tem toda a liberdade para manipular as palavras, mesmo que isso implique romper com as normas tradicionais da gramática.
Em “Euracini, de pátrias e maresias” podemos sentir que a poesia existe, sem existir o poema, entendendo que apenas os poetas roubam da poesia um pouco de sua plenitude para encantar aos que lêem… Então, podemos dizer que o nosso poeta Admário, inspirado na poesia, consegue, no tal transformar das palavras em magia, o poema.

Confesso que, ao primeiro contacto com o título, me interroguei:
Porquê Euracini ???
Desconhecia que…

Villa Euracini era uma povoação romana, tornou-se propriedade de uma família romana, os Euracini, que fundaram a villa – desta forma terá surgido Villa Euracini, situada na planície litoral, hoje a cidade contemporânea da Póvoa de Varzim, no Norte de Portugal.
A existência de vários dados arqueológicos da época romana, nesta região, mostram que era uma villa dispersa no actual território da cidade, desconhecendo-se se realmente funcionariam como uma única vila. Dados importantes sobre o povoamento da região, devido a achados e até ao próprio topónimo, poderiam ser relevantes, no entanto, devido a ser uma área densamente urbanizada, a pesquisa arqueológica não é possível.
Vila Euracini aparece pela primeira vez documentada como uma vila portuguesa em 26 de Março de 953, no Livro da Condessa Mumadona Dias, em Guimarães. Desde então várias denominações da cidade têm sido conhecidas.

Como se pode verificar, o velho gentílico romano Euracini foi evoluindo ao longo de séculos, de EURACINI passou a URACINI           VRACINI          VERACINI          VERAZINI          VERAZIM          VARAZIM até chegar ao VARZIM dos dias de hoje. Todavia, existem divergências quanto à origem do nome Varzim. Mas desde 1514 está registada como Villa da Póvoa de Varzim.


Em “Euracini, de pátrias e maresias” as Memórias serão tratadas como um romance realista a sério…
O nosso autor leva-nos às suas origens numa ligação entre duas supostas Pátrias, a deixar-nos nessa relação com o Mar – as maresias:  de Póvoa de Varzim (Pátria I – ora presente) e de Porto Alexandre (Pátria II – longe no tempo).
O poder das palavras, suas, grudadas de poesia, enquanto leitores, acirra-nos as lembranças, e de repente sentimo-nos naquele jeito paciente de recolar os caquinhos daquele alcatruz q se quebrou no fundo da nossa memória.
Na génese destas pátrias e maresias há ali: “A Barra”, palco de “A Maré”, de “A Faina” para “A Safra”, retratos poéticos de bravos poveiros em “Retrato de Sal”, e… quando “O Mar é Seco” (“… com asas me vou ao sul em busca de novo norte…”); é então a “gaivina com sol em fundo”, que pré anuncia a “Viagem” que o levaria à sua segunda Pátria.
Os sentimentos emergem como o ar que a todos nos rodeia, e o nosso poeta, na sua forma humilde, transforma e imortaliza usando as suas próprias palavras na composição de cada poema que vai deixando escrito:

_ negro cabo
[ “é o guardião invencível
da flor do deserto:
tumboa
a eterna fleuma.”]

_ cabo negro
[“se escutas
por entre as brumas que surgem
quando sugas o tutano da história,
se ouves
o marulhar de um mergulho,
são os ecos da memória.”]

_ memória dos rios
_ água de beber Curoca
[“Curoca da solidariedade”]

Na memória procura-se a metáfora…
O nosso autor Admário  acentua-a ao venerar falésias, idolatrar sombras, cortejar abismos, num roteiro para obter o fascínio (q a tantos de nós nos toca).
Desfiando memórias em “Euracini, de pátrias e maresias”,
já colei os meus caquinhos nesta


Canção de mar

o mar te mata

quando a maré recolhe búzios coloridos
do sol de um país ao sul

o mar te mata

quando a nata do marulho lastra odores
do chão de um país ao sul

o mar te mata

quando a brisa espalha os sons feridos
do batuque de um país ao sul

o mar te mata

quando o sal dos lábios traz sabores
de manga de um país ao sul

o mar te mata

quando a ressaca embala as fúrias
da calema de um país ao sul

o mar te mata

quando a vazante solta pinchos
numa praia de um país ao sul

o mar te mata

quando a areia arrasta o ouro
do deserto de um país ao sul

o mar te mata

quando os ares soltam guinchos
de gaivina de um país ao sul

o mar te mata

se da vaga emerge o louro
esquecido de um país ao sul.

o mar te mata

o mar nos mata

de amor.


E da “memória”… O sonho vai paulatinamente passando a realidade, os lugares tornam-se reais (presentes no tempo – hoje – agora)…
 …em “(re)torna viagem” a poesia feita poema
de traineira venho…
A obra de Admário Costa Lindo para mim é
_ Poesia à procura do seu significado…
_ É a vontade do regresso ao silêncio da reflexão, pela imortalidade dos laços afectivos q nos unem…

(citando o nosso Admário)
“ …e um canto
me exalta
e reconforta:
ala-ala ala-arriba”




Adélia Vaz
(texto para Apresentação de “Euracini, de pátrias e maresias” Livro de Poesia,  
no Encontro de Alexandrenses  “6º Kimbares Seixal 2012” - 4 Junho 2012)



 “Euracini, de pátrias e maresias” 
  Livro de Poesia de Admário Costa Lindo






quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Há sempre um tempo... no tempo meu...


(imagem da NET)

 

Há dias e dias..

Há dias simples... iguais
outras espectaculares
quando o sol me bate à porta
quando o vento sopra de maré

quando nada me importa
sei o que não quero mais
vejo todinho.... como é

Há dias e dias...
os que são para esquecer
quando as marés vão vazias
quando o vento traz garroa
quando o frio me vem arrefecer
sei que tudo fica mais à toa
quero-me mais forte... de pé

Nos dias que são dias...
dias simples ... de viver
quero os olhos fechar
ver-me a amar a vida
acolher-me no meu presente
mimar-me na família... querer
amar assim... perdidamente!!!

Há dias e dias...
iguais... sempre...

 
 
 
de:aileda/adeliavaz
 
 
 
 
 

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Poesia de Esperança

 (imagem da NET)
Hoje o Dia esteve "agitado" nos nossos corações... Alguma "infelicidade"... mas "n há mal q sempre dure"...
 
Quem sabe...

Quem sabe...
hoje seja o teu Dia
aquela tua jornada
momento de mudança
tempo de libertação
vestida de esperança...

Quem sabe...

as águas correntes do rio
galguem as margens
inundem o teu terno eu
em charcos fluidos
de sonhos... de imagens
a aquecer o teu frio...

Quem sabe...

aconteça a transformação
o julgamento se faça
hoje seja a inauguração
da merecida felicidade
concorrente da desgraça...

Quem sabe...

hoje seja o dia d'acção
aconteça o verdadeiro amor
a tal comédia romântica
de inusitado pudor
a dar lugar à empatia
a tocar o teu coração...

Quem sabe...

Quem sabe... eu terei razão!!!






de:aileda/adeliavaz