Olá. Bom dia. Passou bem. Como vai. Estou por aqui. Já tinha saudades... Que rica vida! Tristeza de dia... Livra-te de... Nunca me contas nada Desculpa, vou atrasada... Sabias que a ... Vai dessa para melhor... Era só o que faltava! Falas assim porquê? Nada mais me interessa Partiu o vidro do carro? Estatelei-me na cozinha Estou farta da limpezas Cozinhar é comigo Detesto engomar... Nada de tristezas! Acredita, não consigo... Onde pensas tu que vais? Estar de férias é demais... Chega de conversa! Já não tomo café estou com muita pressa...
Palavras que se colam copiam e recopiam em frases que não descolam de dia à noite... dia a dia... Passam de bocas em bocas desatinam ou consolam um mar de palavras ditas que se afogam nas alegrias nos reencontros e visitas enchem ouvidos mais mocos são por vezes salva vidas confortadoras ou comparadas nadam em águas paradas São elixir de vivências Mar de palavras... coincidências?
["Um Mar de palavras"... mergulho profundo na comunicação banal do nosso dia a dia]
*Quando eu não estiver... Nas mágoas de viver há alegrias de estar... passam por nós sem nos ver Essas tais mágoas sentidas desatinam nosso espírito sem nos deixar perceber uma vida bela... são bandidas!
Quando eu não estiver... talvez o mundo possa desabar por ele (esse mundo) saber que a vida minha foi alegria caminhei firme sem parar amei tudo o que queria com mágoas não quis ficar... Gostava de deixar uma imagem uma alegoria para ser amada... um montão de facetas iguais ao canto belo dum colibri onde há sonoridades tais... Minha voz surda fosse recordada naquilo que digo... naquilo que vivi...
Quando eu não estiver... Estou... continuo...sigo apeada meu espírito voará por aí... Então estarei... onde estiver liberta de mágoas na alegria de me sentir tão amada para sempre ...dia após dia...
Fazia frio... muito frio esfriava a minha alma eu dava tudo de mim sentia-me num arrepio e era mesmo assim... mantinha-me na calma
Era quente ou era frio? Ora... quem diria!!! Brincando de "que é que é" procurando onde está o quê tá frio... sempre eu me dizia onde está... que não se vê ?
Numa tardinha como outras meninas correndo afogueadas aquecidas de alegrias tantas... do frio muito bem agasalhadas (capinhas sobre as roupas) enfeitavam-se de gargalhadas...
Frio... no calor da energia da criançada mais felizarda brincando ao frio na sua rua quente... frio... quem sabia? Frio no calor da algazarra Trazia a rua sempre animada...
Aquele frio guardo-o com carinho trago-o nas tais lembranças.. sinto-o enrubescer minhas faces... Este novo frio que hoje sinto por vezes afasta as esperanças de sentir aquele tal friozinho...
Corre um cavalo na pradaria saltita uma lebre de toca em toca voa imponente uma águia nas alturas nadam patos bravos num lago voam borboletas de flor em flor no mar profundo nadam peixinhos da mão duma doce criança soltam-se coloridos balõezinhos entra pela janela sem pedir licença o sol abrasador dum intenso verão o vento sopra... cai a chuvinha pica meu braço um tal mosquito quase a dizer-me: liberdade é isto...
Na azáfama urbana um mundo cão... grita a vizinha à filha mal comportada raspa-se do mal feito o menino ladrão marca o ponto o empregado assalariado toca a sineta para a saída da escola os carros travam na passagem de peão fecham-se as portas de igrejas à hora certa o que se faz e o que se deve fazer tudo tão controlado pelo tal chefão Liberdade...liberdade.. gritam oprimidos com ou não... dizem de sua razão os crentes erguem os braços ao céu pedem justiça...liberdade... em oração
Há passos marcados de marchantes serão soldados que auguram a paz há vozes inaudíveis de governantes a cochichar liberdades arrepiantes tudo a bem dum povo e duma nação... iluminando o mundo está a "Liberdade" em profecia a uma tal desambiguação ao que mais alto se ergue será verdade (?) lá no alto... no etéreo... brilha a lua marota traz consigo o tal mistério na sua mutação pomba branca cruzando os céus traz paz menino de rua de calção roto é garoto arquinho na mão tem liberdade na sua idade (?)
Liberdade... onde estás na falta de submissão LIberdade ... nesta servidão contemporânea Liberdade... sem autonomia no dia a dia Liberdade... sem carga racional espontânea Liberdade a respeitadora da natureza humana Liberdade ... como te constituis então (?) Nas asas dum passarinho ou no voo das borboletas na corrida daquele branco cavalo belo alazão no brilhar da Lua que sempre nos faz caretas no bailado dos peixinhos no fundo do mar no balãozinho que um menino deixou voar ou na picada voluntária do tal mosquito que teve a notória liberdade de me picar (?)